Frida Kahlo, quanta força de vontade pra viver!



Parei para assistir Frida, me chamou a atenção a sua curiosa história de vida. Quantas incoerências, quanta vontade de viver!Quantas contradições em uma mulher só. A frente do seu tempo, mas aprisionada a um amor dependente, que aceita tudo, até a traição, traição esta em que ela preferia encarar não como falta de lealdade e sim de fidelidade, pois para ela, a lealdade era mais importante. Uma força de vontade inabalável, roupas coloridas que refletiam uma personalidade alegre (mesmo diante das dores) brilhantemente criativa, daquelas pessoas que conseguem expressar os seus sentimentos e ideias, materializando-os. Acredito que a sensibilidade é algo que, se permitirmos, evolui mais ainda com o tempo. Dizem que a mesma sofria de Fibromialgia, mas desconfio que as suas dores foram decorrentes do acidente que sofrera e das sequelas da Poliomielite, o que a fazia mancar e prejudicar mais ainda o seu corpo.Que determinação, numa época de medicina e tecnologia ainda não avançada, a força de vontade desta mulher a fez voltar a andar e se transformar numa grande artista. Ela foi amada, viveu tudo que tinha para viver, intensamente, o que acreditou ser possível para ela, assim o fez. Interpretação brilhante da atriz Salma Hayek. Fico pensando em o quanto podemos ser limitados hoje, diante de tanta facilidade em nossas mãos, e da avançada tecnologias, nos limitarmos a pensar e ser escravos de outros. A produzir tão pouco. A ser tão mesquinho, diante das dificuldades alheias, a permitir que pessoas sofram  a dureza de  suas vidas, através de uma doença, ou falta de oportunidade para crescer, se educar, ser amado, ou qualquer outra coisa que possamos fazer pelo outro, estando em nossas mãos o poder. Quantos dias difíceis a humanidade atravessou por conta de ideologias "fundamentalistas" , que só causaram sofrimentos e abortaram sonhos. Quantos inocentes sofrendo nas mãos de egos inflados e mente anoréxicas, quantas pessoas tiveram que morrer para que ideias e direitos fossem considerados. E parar e ver hoje, com o andar da carruagem o retrocesso de pensamentos e ideologias, muitas dessas baseadas em interesses financeiros,causando, mais uma vez sofrimentos. Enfim, enquanto assistia ao filme, me permiti divagar sobre tantos assuntos. É um filme forte, como o próprio Diego Rivera cita as obras de Frida, ácida e doce. Talvez seja assim a vida, ora ácida, ora doce. Muitas vezes mais ácida para uns e mais doces para outros. Mas que não deixemos de aproveitar os momentos doces que ela nos oferece, e quanto aos ácidos, transformá-los, assim como fez a artista Frida, com suas pinturas extraídas do fundo sa sua alma e pintada por muitas vezes deitada na cama, ou sei lá o quê que produzirmos, deixando um legado positivo para a humanidade. Particularmente, terminei o filme soluçando, com lágrimas nos olhos, embora deteste esta sensação que um filme possa me deixar, aprendi também mais um pouco sobre a vida. Acredito que se vivesse agora, Frida teria um melhor tratamento, talvez, para as suas dores, e a sua força quem sabe, seria mais bem aproveitada, com dias mais felizes e realizados. Que possamos aproveitar dos recursos que dispusermos, para melhorar o mundo e a nós mesmos.

*Eu vejo a esperança do mundo em vocês!
*No final de tudo podemos aguentar mais do que imaginamos!


Algumas frases citadas no filme.

Iracema Correia


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